Cada uma destas dezessete composições é um epitáfio composto. O conjunto transcende o memorial familiar e irradia uma potente tensão lírica. Em Os Mortos, Paulo Franchetti dialoga com seus antepassados. Os defuntos revelam as próprias falhas e as marcas que suas vidas deixaram sem dissimulação, enquanto o poeta responde com empatia, uma ternura que, embora exclua a condenação, não exclui o julgamento.
A poesia é lapidar, despojada de ornamento retórico. Ao manter a gravidade que o contexto impõe, cria uma dicção única, ao mesmo tempo coloquial e solene. Efeito raro esse. Gera uma espécie de oralidade espectral, onde a fala de uma família brasileira descendente de árabes e italianos ressoa o Eclesiastes.
Dar voz aos mortos é lugar-comum literário. Bem distinto é dar vida à voz dos mortos. Obra de maturidade, escrita por força de um impulso inevitável, esta série é uma meditação sobre a permanência da perda. Nela, Paulo retrata não somente os seus, claro está, mas a condição humana. Por outro lado, não é demais mencionar que as figuras do álbum – tendo ou não existido – são o poeta. Viveriam apenas nele, não fosse o verso.
Informações sobre o Livro
Idioma : Português
Editora do livro : ATELIE EDITORIAL
Autor : FRANCHETTI, PAULO
Título do livro : Os Mortos
Data de publicação : 18-10-2025
Gênero do livro : Ficção
Peso : 70 g
Quantidade de páginas : 48
Ano de publicação : 2025
Altura : 30 cm
Largura : 23 cm

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